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Em último apelo a Trump, empresários americanos pedem recuo em tarifaço sobre Brasil

29 de julho de 2025

Ás vésperas do início da vigência do tarifaço sobre o Brasil, empresários americanos decidiram fazer um último apelo ao governo Donald Trump para que repense a imposição de uma tarifa de 50% sobre os produtos do país a partir de 1o de agosto.

Carta produzida pela U.S Chamber, a maior entidade empresarial dos Estados Unidos, alerta a Casa Branca sobre o risco de condicionar o tarifaço a processos judiciais em andamento no Brasil, o que pode levar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a reagir, prejudicando empresas, agricultores e trabalhadores norte-americanos, na visão da entidade. 

Ao anunciar a taxação ao Brasil, Trump fez questão de mencionar o processo ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro responde, no Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe de Estado, classificado por ele como uma “caça às bruxas”.

A mensagem preparada pelos executivos americanos, cujo teor o GLOBO teve acesso, tem como destinatário o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. Nela, a entidade pede que a administração Trump foque na investigação sobre práticas comerciais desleais para que o debate com o Brasil possa se dar em bases técnicas. 

O setor privado americano vê espaço para tratar questões tarifárias com o Brasil, mas entende que isso deve ser feito a partir de uma apuração rigorosa, sem que a tarifa de 50% acabe impondo custos excessivos aos milhares de pequenos negócios que importam produtos brasileiros e às cerca de 4 mil empresas dos Estados Unidos com operações no Brasil.

Para a U.S Chamber, já está claro que a ameaça do tarifaço da forma como foi posta tem condão de unir diferentes partidos políticos brasileiros na defesa da soberania do país, o que pode levar a medidas de retaliação a exportações americanas, empresas de tecnologia e a quebra de patentes.

O governo brasileiro tem sido cauteloso ao tratar sobre medidas de resposta ao tarifaço, mas o risco está no radar do setor privado dos Estados Unidos. A U.S Chamber nota, inclusive, que tais medidas, se tomadas pelo Brasil, poderiam ser copiadas por outros países afetados, ampliando o prejuízo aos empresários americanos.

Fonte: O Globo

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