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Salvador é a terceira capital com mais favelas do Brasil, segundo IBGE

23 de maio de 2025

O Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou um dado alarmante sobre a realidade urbana no Brasil: em algumas capitais, mais da metade dos domicílios está localizada em favelas, também chamadas de aglomerados subnormais. As capitais das regiões Norte e Nordeste lideram esse triste ranking, evidenciando profundas desigualdades sociais e urbanas que ainda desafiam políticas públicas efetivas.

Belém (PA) aparece no topo da lista, com 57,1% dos domicílios situados em comunidades precárias, seguida por Manaus (AM), com 55,8% e Salvador (BA), com 34,9%. Ambas as cidades enfrentam crescimento urbano desordenado e falta de infraestrutura básica em boa parte de seus territórios. O dado revela um panorama crítico: mais da metade da população dessas capitais vive em áreas com acesso limitado a serviços essenciais como saneamento, energia elétrica regular e transporte público adequado.

Confira a lista das 10 capitais brasileiras com maior proporção de domicílios em favelas:

  1. Belém (PA) – 57,1%
  2. Manaus (AM) – 55,8%
  3. Salvador (BA) – 34,9%
  4. São Luís (MA) – 33,2%
  5. Recife (PE) – 26,9%
  6. Fortaleza (CE) – 23,5%
  7. Vitória (ES) – 22,5%
  8. João Pessoa (PB) – 20,1%
  9. Maceió (AL) – alta incidência, dados em apuração
  10. Rio de Janeiro (RJ) – embora tenha um grande número absoluto de favelas, sua proporção é menor que a das capitais do Norte e Nordeste.

    Esses números chamam atenção para a necessidade de políticas públicas mais eficazes, voltadas para moradia digna, regularização fundiária e investimento em infraestrutura nas áreas mais vulneráveis. Especialistas alertam que a urbanização precária é reflexo da ausência histórica de planejamento urbano e da concentração de renda no país. O levantamento mostra que mais de 16,4 milhões de brasileiros vivem atualmente em favelas ou comunidades informais. Para reverter esse cenário, será necessário mais do que investimentos: será preciso uma mudança estrutural no modo como o Brasil lida com habitação, mobilidade urbana e inclusão social.Enquanto algumas capitais desenvolvem áreas nobres com alto padrão de vida, milhares de famílias vivem sem acesso a direitos básicos. O futuro das cidades brasileiras passa, necessariamente, por enfrentar a realidade da favelização com seriedade e compromisso.

Fonte: Portal de Prefeitura.com.br

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