O que é Política Monetária Acomodatícia?
Ao analisar as políticas econômicas existentes observam-se três: que são a monetária, a fiscal e a cambial, tendo o objetivo de promover o crescimento econômico e estabilizar preços.
Quando falamos em “política acomodatícia”, estamos fazendo referência a uma política monetária expansionista para momentos de crise. Isso quer dizer que o Banco Central decidiu se “acomodar” a uma inflação maior para evitar o aumento do desemprego. Bastante keynesiano, né?
E como isso funciona?
Uma política monetária acomodatícia é aquela em que a autoridade financeira do país, geralmente o Banco Central, decide manter os juros baixos, facilitar linhas de crédito e comprar títulos do tesouro. Tudo isso com o objetivo de aquecer a demanda e a economia em geral, além de injetar mais moeda em circulação. Sendo assim, por um lado, essa estratégia pode ser a solução para a saída de crises de forma menos traumática, custando menos negócios e empregos, porém, por outro, ela também gera risco de descontrole inflacionário e grande endividamento dos Estados.
Diversos países decidiram seguir uma política acomodatícia, juntamente com planos de “quantitative easing” desde a crise financeira de 2008 e, quando estavam começando a reverter as medidas, houve o choque da pandemia de covid-19. Alguns governos continuam suportando a alta na inflação; outros, apesar de manterem os juros baixos, não estão conseguindo aquecer a economia. De todo modo, o cenário de incertezas e o temor de novas crises por causa do descontrole fiscal dos governos é o que tem dominado o cenário internacional e dificultado novos investimentos.

